“Quem vocês dizem que eu sou”? Simão Pedro respondeu: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mt 16.15,16).
O arcanjo Miguel para o adventismo; espírito evoluído e iluminado, porém não-divino, para o espiritismo; um grande mestre no budismo; mensageiro ou profeta, contudo menor que Maomé, não sendo Deus, nem seu filho segundo o islamismo; um espírito pré-existente criado por Deus, irmão de Lúcifer, casado, polígamo, de nenhum modo gerado pelo Espírito Santo, muito menos filho de Deus no mormonismo; o arcanjo Miguel também e um deus menor que Jeová consoante as testemunhas de Jeová ou mais um guru ou mestre iluminado, como foi Buda, Krishna, Confúcio e outros grandes fundadores de religiões conforme as filosofias esotérico-sincretistas orientais da nova era. Mostram tais afirmações como podem ser variadas as noções dos mais diversos matizes religiosos acerca de Jesus Cristo. Equivocadas também, tendo em conta as declarações do próprio Jesus acerca de Si mesmo, muito embora tais noções evidenciem respeito ou de algum modo o reconhecimento do impacto singular ocasionado por Ele na história.
E para você, quem é Jesus Cristo?
Mais que simples equívocos, as próprias afirmações de Jesus Cristo sobre Ele mesmo acompanhadas de suas credenciais comprovadoras de que é o que afirmava ser, tornam todas as (in)compreensões supramencionadas em conceitos que vão de esquisitices a deturpações, heresias ou mesmo blasfêmias, razão pela qual é imprescindível compreendermos precisamente quem é Aquele que dividiu a cortina da história em duas partes e como a existência em questão foi capaz de acarretar tal divisão, visto que há séculos todo fato relevante é posicionado no tempo histórico como antes ou depois dEle.
Quem Jesus disse que era
Não podem ser desprezadas as declarações feitas por Jesus sobre Si mesmo como, exemplificando, aquelas registradas no Evangelho de João:
1 - Eu sou o pão da vida. Aquele que vem a mim nunca terá fome; aquele que crê em mim nunca terá sede” (Jo 6.35).
2 - “Eu sou a luz do mundo. Quem me segue, nunca andará em trevas, mas terá a luz da vida” (Jo 8.12).
3 -“Eu sou a porta; quem entra por mim será salvo. Entrará e sairá, e encontrará pastagem” (Jo 10.9).
4-“Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas” (Jo 10.11).
5-“Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá” (Jo 11.25).
6 - “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim” (Jo 14.6).
Tais declarações, que não fariam nenhum sentido se Jesus estivesse se apresentando como um simples ser humano, ganham forte significação ao constatarmos o propósito de Cristo em apresentar suas credenciais de messianidade e divindade.
Jesus na contramão
Assim como causou forte impacto com suas ousadas afirmações, Jesus entrava em rota de colisão com a sociedade daquele tempo em cada gesto ao confrontar as tradições religiosas e sociais excludentes
. excludentes. Num contexto onde a cultura do “olho por olho e dente por dente” era prevalente, Jesus ensinava as pessoas a amar os inimigos e orar pelos perseguidores. Ficou ao lado da mulher adúltera quando a sociedade a menosprezava e desejava matá-la; entrou na casa do publicano quando toda a sociedade o odiava como traidor da pátria; acolheu a viúva pobre quando todos a ignoravam; quando
Pedro se autocondenou, Jesus o perdoou e o restaurou a partir de um olhar acolhedor; numa situação em que qualquer outro teria cedido à tentação, Jesus resistiu ao diabo; atraiu as crianças para Si, onde outros as mandariam embora; numa época de intensa busca de riquezas, amou e acolheu os pobres; quando muitos isolavam e abandonavam os leprosos e outros enfermos, Jesus os curava; fugiu da fama e do sucesso, mesmo que muitos desejassem coroá-lo rei; ao ser violentado, acusado e zombado, Jesus se calou e amou tais malfeitores.
Foi crucificado em meio a tantas celebrações da páscoa, orou pelos pecadores e pediu ao Pai que perdoasse os que não sabiam o que faziam, assumindo a culpa e a punição pelos crimes de toda a humanidade mesmo sendo inocente, impulsionado por um amor que transcende todas as lógicas humanas; ressuscitou deixando boquiaberto o diabo e os seus anjos que pensavam ter derrotado a Deus, impedindo assim o cumprimento de todas as demais profecias restantes para Israel, mostrando que até o perfeito mal personalizado era limitado para compreender as predições e a soberania divina; derrotou a morte para nos conceder triunfo sobre ela.
Nele não há pecado - Em adição, para comprovar que Jesus era o Deus encarnado por meio de quem passaríamos a ter livre acesso ao Pai, e que era o sacrifício perfeito para a redenção do homem, desafiou os religiosos da época a acusarem-no de pecado. Sua impecabilidade visível no fato de que nunca se arrependeu ou precisou pedir perdão, foi reconhecida pela mulher de Pilatos ao dizer ao marido: “Não te envolvas com esse justo”. O próprio Pilatos admitiu posteriormente: “Não vejo neste homem crime algum”. Um dos crucificados ao lado de Cristo externou sua percepção da injustiça da crucificação de Cristo ao dizer: “Este nenhum mal fez”. Ao lado da cruz, o centurião romano teve que reconhecer que: “Verdadeiramente, este homem era justo”. Até os demônios tiveram que dizer: “Bem sei quem és: o Santo de Deus!”
Em suma, Jesus Cristo era santo, justo e sem pecado.
Os milagres como credenciais divinos - Os seus milagres constituem-se em outra credencial de sua messianidade e divindade. Jesus rompia com as leis naturais com soberania e assombro de tal modo que confundia os religiosos e ainda hoje é um embaraço. Um inconveniente tamanho que os céticos nos últimos séculos têm tentado descredibilizar as narrativas bíblicas afirmando que os atos sobrenaturais de Cristo foram mitos acrescentados posteriormente aos evangelhos. Afirmação impossível de ser validada. Os milagres não poderiam ser acréscimos mitologizados porque seriam necessários séculos para ocorrer tal adição. No caso dos evangelhos, eles já circulavam em Jerusalém cerca de 20 ou 30 anos depois da morte e ressurreição de Cristo, quando muitas testemunhas oculares ainda estavam vivas e, sendo os relatos uma mentira, aquelas testemunhas facilmente refutariam as narrativas sobrenaturais como farsas, fraudes históricas e por conta disso os evangelhos nem chegariam aos nossos dias. Morreriam no nascedouro.
Profecias cumpridas apresentam o Messias - Outra prova de que é o salvador da humanidade encontra-se no fato de Jesus ter cumprido precisa e rigorosamente mais de 400 profecias veterotestamentárias acerca do Messias prometido e esperado. As profecias do Antigo Testamento são registros caracteriza dos por impressionante riqueza de detalhes. Afirmam por exemplo que o Messias nasceria de uma virgem em Belém e que tal nascimento ocasionaria o massacre de crianças; que viveria em Nazaré da Galiléia; que sua missão de redenção humana alcançaria judeus e gentios; que seu ministério incluiria cura física e espiritual; que seria traído por um amigo por 30 moedas de prata; que seria odiado sem motivo e rejeitado pelas autoridades da época, que dariam a ele fel e vinagre para beber, que suas pernas não seriam quebradas na cruz; que lhe foi dada autoridade e domínio sobre todos os povos, línguas e nações. Jesus Cristo cumpriu cabalmente, ou seja, com 100% de exatidão, todas essas profecias e centenas de outras mais. Tais profecias, escritas com centenas ou milhares de anos de antecedência dentro de uma impossibilidade matemática do acaso, coincidência ou conspiração, não só mostram que Jesus era o Messias prometido como são a maior prova de que a Bíblia é a palavra de Deus. Outra evidência de que Jesus é quem afirmava ser encontra-se no registro escrito das testemunhas oculares, sendo isto historicamente verificável. Esta, entretanto é outra história que poderá ser abordada num outro oportuno momento.
Identificado como "Eu sou"- Jesus também foi ousado ao apresentar-se aos religiosos da época como o “Eu sou”, um dos antigos títulos de Deus no Antigo Testamento (Êxodo 3), identificando-se desse modo
como Deus, fazendo-se igual a Deus, levando uma pequena massa enfurecida a pegar em pedras para apedrejá-Lo por blasfêmia. Diante de tudo o que foi exposto, repito a pergunta:Quem é Jesus para você?
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